sábado, 5 de novembro de 2011

A Mandala além de ser uma arte é também uma ciência, porque o arquétipo original de qualquer mandala, tem comprovadamente sua origem na geometria.
Em qualquer mandala a geometria está inserida, o que é comprovadamente explicado pela formação dos princípios de linhas básicas que retratam a polaridade dos aspectos masculino e feminino que compõem esta dimensão em que nós, seres humanos vivemos.
Segundo os egípcios a Geometria Sagrada, tem suas bases. na reta (masculino) e na esfera (feminino). E a partir das bases dessa geometria os movimentos foram criados e temos a formação do Universo, retratada pela figura da Flor da Vida.
Esse mesmo arquétipo faz parte de todas as partículas que compõem este universo, que são mandalas menores que na união formam a “ Grande Mandala que é o próprio Universo”, onde “Eu”, “Você”, “ Nós”, estamos e somos parte deste conjunto, unidos com outras mandalas de todos os outros reinos, outras estrelas e galáxias , formando parte de um grande corpo “ o Grande Universo” – “Deus” – Espírito Universal” – “Cosmos” – “Jeová”, em fim o “ Grande “ Eu Sou”.
“ O Princípio, Meio e Fim”.
Este código (da flor da vida) está impresso , no sistema genético da vida humana a nível celular, e no planeta terra, e é por isso que todo o ser humano, mesmo que inconscientemente, imediatamente reconhece e se identifica com esse arquétipo.
Sabemos que somos pequenas mandalas em movimento numa órbita microcósmica que é o nosso universo individual, girando em torno do nosso próprio centro, que nada mais é que o reflexo do macrocósmico, centro ou ponto onde tudo começa.
Nossas responsabilidade e consciência de unidade precisam ser, extremamente trabalhadas a partir do universo individual, para que o reflexo no sentido contrário, ou seja, a Globalização seja realizada, sentida e vivida em plenitude.
E nesses momentos de transição, mudança de era e formação de uma nova raça, está sendo necessário que todos busquem sintonizar no despertar da consciência, para poder fortalecer o seu próprio veículo de Luz, fortalecer também o veículo de Luz do Planeta para que este possa cumprir a sua missão, passar pela iniciação que esperam todos aqueles que vivem e servem em todos os níveis, unicamente “ A Vontade de Deus”.
Por isso, trago esse tema com um enfoque maior para a conscientização, disciplina e a necessidade de informar quão importante é para todos nós, a nossa responsabilidade no esforço e trabalho de busca do auto-conhecimento, aprimoramento, crescimento para que possamos permanentemente fortalecer a mandala pessoal que nós somos e assim participar da reprogramação global da Grande Mandala do planeta terra e da maior mandala que é o próprio UNIVERSO.
Fatima dos Anjos
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MANDALA – JUNG
Universalmente a mandala é o símbolo da totalidade, da integração e da harmonia.
A união dos opostos num nível mais alto da consciência, não é uma questão racional e muito menos uma questão de vontade, mas um processo de desenvolvimento psíquico, que se exprime em símbolos.
Mandala significa círculo e particularmente círculo mágico. As mandalas não se difundiram somente através do oriente, A Idade Média e em especial a baixa Idade Média é rica de mandalas cristãs. Em geral o Cristo é figurado no centro e os quatro evangelistas ou seus símbolos, nos pontos cardeais. Horus e seus quatro filhos foram representados da mesma forma, entre os egípcios.
A maioria das mandalas tem a forma do quatérnio, o que lembra o número básico: a tetraktys de uma flor, de uma cruz ou roda, tendendo nitidamente para pitagórica.
Essas imagens brotam espontaneamente de suas fontes. Uma delas é o inconsciente, que produz de modo natural fantasias dessa espécie. A outra fonte é a vida que, quando vivida com plena devoção, proporciona um pressentimento do si-mesmo, da própria essência individual. Ao expressar-se esta última nos desenhos, o inconsciente reforça a atitude de devoção à vida.
De acordo com a concepção oriental, o símbolo mandálico não é apenas expressão, mas também atuação. Ele atua sobre seu próprio autor. Oculta-se neste símbolo uma antiqüíssima atuação mágica, cuja origem é o “circulo de proteção”, ou “círculo encantado”, cuja magia foi preservada em numerosos costumes populares.
A meta evidente da imagem é traçar um “sulcus primigenius”, um sulco mágico em redor do centro, que é o templo ou temenos (área sagrada) da personalidade mais íntima, a fim de evitar uma possível “efluxão” ou preservá-la, por meios apotropaicos, de uma eventual distração devido a fatores externos O “aproximar-se circundando”, ou “circumambulatio”, exprime-se, através da idéia de “circulação”. Esta última não significa apenas o movimento em círculo, mas a delimitação de uma área sagrada por um lado e, por outro, a idéia de fixação e concentração;
Psicologicamente, a circulação seria o ato de “mover-se em círculo em torno de si mesmo”, de modo que todos os lados da personalidade sejam envolvidos. “Os pólos de luz e de sombra entram no movimento circular”, isto é, há uma alternância de dia e noite. A vontade consciente não pode alcançar uma tal unidade simbólica, uma vez que a consciência, nesse caso, é apenas uma das partes. Seu opositor é o inconsciente coletivo que não compreende a linguagem da consciência. É necessário contar com a magia dos símbolos atuantes, portadores das analogias primitivas que falam ao inconsciente.
Só através do símbolo o inconsciente pode ser atingido e expresso; este é o motivo pelo qual a individuação não pode, de forma alguma, prescindir do símbolo. Este, por um lado, representa uma expressão primitiva do inconsciente e, por outro, é uma idéia que corresponde ao mais alto pressentimento da consciência.
A mandala trabalha os seguintes aspectos pessoais: físico, emocional e energético. No aspecto físico, promove-se o bem-estar, o relaxamento e a prevenção do estresse. Emocionalmente, pode trabalhar conteúdos oriundos de emoções antigas, atuais ou futuras, pois sinaliza aqueles que irão emergir.
“A mandala possui uma eficácia dupla: conservar a ordem psíquica se ela já existe; restabelecê-la, se desapareceu. Nesse último caso, exerce uma função estimulante e criadora.”
Referência bibliográfica:
1. Jung Carl Gustave. O Segredo da Flor de Ouro. Editora Vozes, 1971, Petrópolis, RJ.
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ARTE DAS MANDALAS
A mandala é uma ferramenta para se conectar com o universo, com a essência da vida… Mas também pode nos levar ao encontro de nossas mais desconhecidas características pessoais. A força das formas e das cores tem poderes incríveis… Entenda a mandala e descubra o que ela pode fazer por você
Mandala (Sânscrito: “círculo”) no budismo tântrico e no hindu é um diagrama simbólico usado em ritos sagrados e como um instrumento de meditação. A mandala é, basicamente, uma representação do universo, uma área consagrada que serve como um receptáculo para os deuses e como um ponto de união das forças universais. O homem (o microcosmo) mentalmente “entrando” na mandala e “proseguindo” para seu centro é uma analogia dos processos cósmicos de desintegração e da reintegração. — Enciclopédia Britannica
Mandala é uma imagem circular composta por um padrão de formas que se repetem simetricamente em torno de um ponto central. Tão simples assim? Na verdade não. Uma mandala é muito mais que um simples desenho. O que confere a ela, então, a força e a magia pelas quais é conhecida?
Integração cósmica, processos de cura, contemplação divina, meditação, relaxamento, busca espiritual, função terapêutica… São inúmeras as possíveis utilizações dessas poderosas imagens.
A Mandala é um daqueles assuntos ‘clássicos e consagrados’ que tem significado tão profundo e abrangente que torna-se difícil, por vezes, encontrar definições fiéis ao seu rico sentido.
Se pensarmos bem iremos encontrar infinitas mandalas na natureza. O Sol, a Lua, um botão de rosa, algumas frutas e a própria terra são formas circulares. Assim como podem ser considerados círculos conceituais os da amizade e os familiares, por exemplo.
Esta forma geométrica básica possui grande força simbólica. O espaço interior, onde as formas se desenvolvem, é sagrado. O limite circular é, portanto, a divisão entre o divino e o mundano, entre a consciência e a inconsciência, entre a alma e a matéria, entre a união e a desagregação.
A palavra Mandala encontra sua origem na antiga língua hindu, o sânscrito. Esta palavra significa “círculo”, mas uma mandala é muito mais que uma forma. Ela representa a totalidade, a perfeição, a qualidade do que é completo. Há milhares de anos ela é um instrumento de contemplação do divino e meditação. Seria com se fosse o mundo projetado geometricamente e reduzido a uma amostra essencial, totalizante. Significa a unidade, a parte que representa o todo.
Existem muitas abordagens sobre o assunto, cada parte do mundo tem sua maneira de interagir e utilizar as mandalas. São do Oriente os primeiros registros de sua utilização, para fins religiosos, mas desde o tempo das cavernas já se tem notícia de sua existência por meio de desenhos encontrados em cavernas.
Neste tópico, vamos aos poucos desenvolver o assunto e esperamos poder contar com a participação e contribuição de todos.
Aqueles que já conhecem sobre o assunto e gostam de pintar mandalas, estou disponibilizando aos poucos no meu perfil um album de mandalas para pintar.
Mesmo sem conhecer do assunto, experimente terapeuticamente pintar um daqueles desenhos, deixando sua criança interior se expressar.
Depois não esqueça de contar-nos suas experiências.
O PODER DA MANDALA – UM CAMPO DE FORÇA
“…uma mandala pode alterar as vibrações daquilo que suas emanações atingem. E isso é uma realidade. Quando fazemos contato visual com uma mandala nossa energia se altera…”. Parte de um parágrafo do livro: Mandalas – Como usar a energia dos desenhos sagrados, de Celina Fioravante, Ed. Pensamento.
O poder de uma mandala está relacionado ao seu padrão de formas, cores e estrutura numérica. Estes elementos têm uma simbologia que se baseia na numerologia, na cromoterapia, assim como no conhecimento que o ser humano já tem em relação à visão e como as formas são percebidas por nossa mente e retina. Cada elemento é responsável por parte das vibrações que uma mandala é capaz de emanar na sua totalidade.
Assim como nas artes visuais, o poder das mandalas está exatamente naquilo que não podemos alcançar com palavras. Quando fazemos uma mandala pode-se dizer que ela é a expressão de nosso subconsciente, que por sua vez também não tem uma explicação definitiva, ou seja, ainda tem muito a ser explorado.
A composição das formas e das cores em uma mandala é muito importante, assim como sua forma circular e organizada em torno de um centro. Elas fascinam pela magia de seus movimentos. São símbolos que exprimem as riquezas incontáveis do subconsciente humano.
Nosso cérebro responde de maneira muito particular às imagens, que têm um poder intenso, real e indiscutível. Quem já não se sentiu calmo após ver um quadro azul e com formas organizadas e quase regulares? Pode parecer estranho, mas o poder de cura da mandala, suas características terapêuticas, sua capacidade de auxiliar na concentração e na meditação e, até, alterar estados de consciência, entre outras, deve-se à sua composição, a estes elementos acima citados e ao efeito que causam em nossa mente.
Pode ser constituída de múltiplas formas geométricas, com simbolismos gráficos e cores. A palavra, em si, significa “ ter atingido a iluminação perfeita e insuperável”.
Elementos da mandala e sua simbologia
“No interior da mandala há um ponto central, que representa a essência da mandala. Os outros elementos em geral parecem estar em ligação com este elemento e de certa forma dependem dele, pois se desenvolvem a partir de sua existência. Este ponto representa uma existência superior, a fonte de
toda criação…”. Este trecho do livro Mandalas, de Celina Fioravante, reafirma o sentido de unidade e totalidade de uma mandala, que se origina no centro dela, o começo de tudo. Esta é a simbologia do centro.
A simbologia das bases numéricas das mandalas baseia-se na numerologia. A divisão do espaço interior da mandala determina os números atuantes no desenho. Uma mandala que tem divisões cuja base numérica é o três, por exemplo, está ligada ao resultado de uma ação. Segundo a autora do livro, esta mandala representa realizações no plano da matéria a partir de motivações espirituais; ela simboliza o filho e o ar. O três é um número de comunicação, original e criativo
Já as cores são grandes responsáveis pelas emanações da mandala. O estudo das cores é muito vasto, existem muitas teorias que as classificam e definem suas particularidades. Uma delas é a cromoterapia, mais usada em processos de cura, por exemplo.Um exemplo pode ser dado a partir do vermelho: a influência do vermelho é estimulante e ativa. Afasta a depressão e tira o desânimo. Já a cor amarela incentiva e muda os pensamentos.
É uma representação do universo e de tudo que há nele. Khyil-khor é a palavra Tibetana para mandala e significa “centro do universo onde um ser totalmente iluminado habita”. Os círculos sugerem totalidade,unidade, o útero, completude e eternidade.
Elas não representam uma estranha realidade, e sim, um mundo iluminado que sempre existiu que é revelado quando as manchas da raiva, apego e ignorância são transformados. Paradoxalmente estes mundos iluminados são construídos das mesmas energias que nós, em nossa visão dualística, percebemos como raiva, apego e ignorância, mas no estado iluminado, inabalável, são vistos como força, compaixão e sabedoria. Portanto, mandalas são projetos arquitetônicos ou vistas aéreas de palácios celestiais constituídos de conceitos iluminados.
Antes mesmo de compreender seu significado maior, muito antes do surgimento das religiões e doutrinas, já havia o homem entrado em contato com o mundo simbólico da mandala. Desde o principio ela encontra-se inserida na humanidade – no momento em que o homem começou a organizar-se em grupos, formados à partir de uma figura central a irradiar algum tipo de influência ou autoridade, estava sugerida a mandala, que passou a fazer-se essencialmente presente em suas danças, cerimônias e rituais de iniciação na forma de riscos e sinais feitos no chão ou em pedras.
As mandalas estão por toda a parte. Vemos sua utilização na arte pictórica, na escultura e arquitetura (as construções de vários templos antigos tem como base a disposição a representar os 4 pontos cardeais). O círculo encerra, protege, conforta. Daí, nada mais natural que o inconsciente humano lançar ao exterior sua forma preferida e afim.
Nos rituais mágicos não pode faltar o círculo protetor. Nos rituais de cura e iniciações os participantes arranjam-se em círculos ou são colocados dentro deles. As crianças aprendem a brincar de roda e seus primeiros desenhos são tentativas de imitar um círculo. Essa é a disposição do universo e da natureza, que não criam linhas retas; estas, são um produto puramente humano. Usando um pouco de sensibilidade percebermos que temos no círculo algo de sagrado, de místico e de essência incognoscível
A mandala é passado, presente e futuro. Dos povos primitivos ao homem contemporâneo, a disposição circular sempre foi largamente utilizada em suas construções e agrupamentos. A modernidade trouxe linhas retas e duras em seus edifícios, no design de automóveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e outros objetos. Mas, ao modo do fluxo e refluxo do mar, está retornando às suaves e harmoniosas formas curvas.
Não podemos falar em mandala sem pensar em “imagem”. E o que é a imagem senão a representação de um ideal?
No Budismo (mandala) e Hinduísmo (yantra) são usadas como auxiliares na meditação e suas imagens são representações simbólicas de divindades e forças atuantes do Universo; o microcosmo no macrocosmo. O objetivo da meditação é a unificação, sendo que o retorno ao centro representa essa unificação, o encontro com o divino. Meditar é unificar-se, é encontrar-se com a divindade interior e as mandalas são portas de acesso a esse fim
A mandala, também conhecida por círculo mágico, é um elemento muito utilizado para meditação e em rituais e vivências para o auto conhecimento.
Toda mandala tem uma harmonia de formas que circudam um ponto central, sendo este ponto representativo da divindade, segundo a ótica oriental.
Repleta de simbolismos, em praticas meditativas e de autoconhecimento, trazem à tona aspectos do nosso ser enquanto seres divinos.
São numerosos os conceitos, formas, interpretações e toda a simbologia que envolve as mandalas.
Para os orientais, como os budistas e hindus, o camimho a ser alcançado é sempre o da iluminação e da divindade.
Fatima dos Anjos
Mandalas são símbolos ancestrais que representam o universo, um campo energético de muita força.
Sempre será a representação das potências divinas, uma apresentação dinamogênica povoada de imagens e símbolos divinos, própria para conduzir à iluminação quem medita sobre ela e quem a contempla. Simboliza o caminho da iluminação. O caminho a ser seguido por todo aquele, que já está consciente do propósito da trajetória terrena.
Na Filosofia oriental, a mandala (diagrama geométrico circular) tem sido usada há milhares de anos como auxiliar da meditação. Desde que Jung a introduziu na psicologia moderna, a palavra mandala, termo hindu que significa círculo, tem aparecido com freqüência cada vez maior em nossa linguagem ocidental. Como Jung descobriu, desenhos de mandala surgem espontaneamente em nossos sonhos em épocas de estresse, quando se faz necessária uma compensação para uma situação de vida cheia de conflitos. Com efeito, todas as mandalas aparecem originalmente como tentativas espontâneas da parte do inconsciente de criar a ordem.
A palavra mandala, em si, significa “ter atingido a iluminação perfeita e insuperável”. Sua origem vem do sânscrito.
“Manda” significa essência e “ la” significa completa.
As mandalas representam o Todo, e suas partes (unidades simbolizam o processo da iluminação, assim como o Todo se refere a Buda e as unidades a todas as pessoas. A realidade máxima é a unificação da matéria e energia e dos cinco primeiros elementos (terra, água, fogo, ar e Vazio/Éter ) com o sexto elemento, a consciência. A mandala representa a não-dualidade (união) da realidade máxima do Universo.
A mandala é movimento, é a roda da vida, a imagem do universo, que surge continuamente do mesmo centro, desenvolvendo-se para o exterior e ao mesmo tempo convergindo da multiplicidade para o centro unificador. Todo ser humano reconhece esse modelo básico, porque o traz dentro de si. È fácil abrir-se para compreender isso; queremos trilhar aqui o caminho mais fácil.
Visualmente, não são padrões simplesmente abstratos, mas podem conter figuras de deuses, Budas e Bodhisattvas. Seu uso na meditação treina a mente em práticas de visualizações complexas. No Budismo, isso é feito para ganhar controle mental, a capacidade de criar imagens mentais e entrar em contato com os Deuses e com outras forças psíquicas (criações mentais), e para alcançar estados alterados de consciência. A mandala é descrita como grande círculo de entidades mansas e iradas.
Como símbolo para meditação contemplativa, trabalhar com as mandalas sugere significados intermináveis. Em certos momentos em que nos sentirmos confusos, jogados de um lado para outro pelos altos e baixos da vida; a meditação sobre o centro de uma mandala nos acalma, colocando-nos em contato com sua eterna estabilidade. Ou quando nos sentirmos mortos e sem vida, a contemplação do movimento de uma mandala, ajuda-nos a estabelecer contato com a ilimitada energia da vida.
“Deus é uma esfera cujo centro
está em todos os lugares e cuja
circunferência está em lugar nenhum”.
(Provérbio Tibetano)
A sabedoria milenar dos mandalas praticada pelos povos orientais, acessa os mundos em que nossos sonhos se realizam. O círculo mágico da mandala origina-se de um desenho geométrico, análogo ao sol, de onde é emanada a energia.
O trabalho com as mandalas funciona como uma porta, que através da vontade e do conhecimento, nos possibilita abrir os portais de caminhos de saúde, prosperidade, harmonia no lar e amor:
Nos arquétipos das mandalas, encontramos as expressões das relações do homem com o Cosmos, a busca de conquistas e realizações espirituais e materiais.
Tendo em vista que a separatividade é uma condição humana, e que a materialidade só existe porque o espiritual está implícito, entendemos que os mandalas são um caminho para conhecer Deus. Através da história, chega até hoje ao nosso conhecimento que diversas culturas possuíam círculos mandálicos ricos em significados que retratavam o perfil de suas sociedades.
O primeiro mandala que chamou a atenção da humanidade, e até chegou a ser considerado o próprio Deus é o Sol.
Sendo o círculo a geometria sagrada que expressa o próprio universo, entende-se porque os orientais atribuíram aos mandalas a característica de representar graficamente o ritmo, o movimento e harmonia que regem todo o Universo, inclusive a natureza e o próprio ser humano.
Os hindus entendem que uma mandala representa o arquétipo de uma mente humana equilibrada, e por esse motivo trabalham a meditação focada nesses círculos com o objetivo de reordenar os processos e solucionar conflitos mentais.
O centro de uma mandala representa uma força misteriosa, de onde brota a energia que irradia em direção a periferia do círculo e para onde ela depois se recolhe.
A meditação com mandalas, pode abrir as portas da percepção e levar você a conhecer seus outros” eus”, mais profundos, chegando até a ultrapassar o plano pessoal para atingir uma vivência definida como supra pessoal, uma espécie de identificação e comunhão com o Universo, num momento verdadeiramente mágico.
Redescobrir as formas e os símbolos, que vamos encontrar nessa viagem como nossos, vai tornando cada vez mais fácil, uma vez que essas estruturas são universais. Elas não pertencem a ninguém e são comuns a todos – são pedras fundamentais da criação, uma parte do todo e ao mesmo tempo a totalidade. O próprio universo é uma mandala composta de incontáveis mandalas das mais diversas dimensões. Eis aqui uma espiral nebulosa.
À medida que o praticante se torna mais hábil, as entidades da mandala ajudam-no a superar os obstáculos ao longo do caminho. As entidades são reconhecidas como tendo vida própria e também como criações mentais. Ao identificar com as entidades, o aluno atinge o Vazio de todas as coisas. O aluno e a mandala e o aluno e a entidade formam unidades e ambos fazem parte do Vazio. A entidade e a mandala são desenhadas no coração, e o aluno se transforma em entidade. Em linguagem alquímica, “o objeto de adoração, e a pessoa a adorar são os mesmos”.
A mandala é uma entrada para os Registros Akáshicos, o livro de registros de cada espírito encarnado. Todos os exercícios e práticas com mandalas têm como objetivo o treinamento mental – meditação, visualização, contato com entidades, concentração e movimentação da energia pelo corpo. O treinamento da mente é capaz de alterar a realidade.
A iluminação requer a perfeita união da sabedoria com a compaixão. A compreensão direta da não existência do eu faz parte da sabedoria, e a compaixão é atitude mais eficaz para acabar totalmente com a ilusão e o egoísmo.
O ego/eu representa separação, ao passo que não-existência do eu traz a unidade. Bodhi é o nome que se dá para o desejo de compaixão de iluminação. Dessa fonte vem a liberação da energia da sabedoria e da compaixão. O fluxo da energia Bodhi é incorporado nas presenças celestes.
A meditação através do uso da imagem de mandalas, vai proporcionar ao praticante o acesso a esta sabedoria e o seu desenvolvimento espiritual.
Além dois tópicos, estarei disponibilizando mandalas para exercício da pintura.
Este exercício nos remete as camadas mais profundas do nosso ser, trazendo a luz da nossa consciência situações que precisam ser trabalhadas.
E a através do exercício da pintura dessas mandalas, estaremos modificando os pradões de cristalizações que não nos servem mais ao mais alto propósito divino em nossas vidas.
ARTETERAPIA ATRAVÉS DAS MANDALAS E AS POSSIBILIDADES CURATIVAS
DESTA PRÁTICA
É do pleno conhecimento de todos que a arte de um modo geral, coloca o ser humano em contato com o seu potencial criativo, desenvolvendo habilidades e levando-o a descobertas expressivas na vida.
Inclusive é um dos meios terapêuticos reconhecidos pelos profissionais da área da Saúde – médicos, psicólogos e terapeutas de maneira geral, que têm compreendido, de maneira crescente, como a Arte Terapia pode acelerar e potencializar o crescimento do indivíduo e os seus processos de recuperação, sejam eles físicos, mentais ou emocionais.
Através de linguagens como o desenho de formas e a pintura, a Arte Terapia possibilita estimular e fortalecer as forças criativas, melhorar a auto-estima, enfrentar bloqueios emocionais, favorecendo o auto conhecimento e cultivando a expressão da individualidade. São estes aspectos que permitem à Arte Terapia, ser um elemento valioso quando realizado em cooperação com outros processos terapêuticos, medicamentosos ou não.
A prática de desenhar e pintar mandalas, como a atividade artística em geral, é por si mesma uma prática sadia que expressa e combina percepção, sentimento e vontade, por isso leva o homem a uma expressão integral. Por esse motivo desperta poderes curativos (ocurador interno), o que em outras ocupações muitas vezes não há chance para que as pessoas expressem totalmente seus potenciais.
Através das cores, formas ritmos e movimentos, a pessoa reaprende a expressar seus sentimentos de maneira estruturada, possibilitando a ação direta do EU no mundo possibilitando resgatar todo potencial criativo e curativo que a arte pode oferecer.
A capacidade de criar é uma virtude da alma que palpita em cada coração e que aguarda nossa permissão para despertar deste ímpeto e desabrochar desta chama, que fará de nós criadores e condutores da nossa própria vida.
Pinte as mandalas a seguir e procure dar as cores que você acha necessárias para colorir a sua vida e através desta prática desperte o potencial criativo que está em você aguardando a possibilidade de se manifestar, além de poder usufruir dos benefícios do relaxamento e alívio das tensões do dia a dia.
Fatima dos Anjos

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